Estrada fantasma Coroatá/Vargem Grande: 20 milhões de lama e barro |
Na semana retrasada, depois de ser pressionado a dar explicações sobre as irregularidades relacionadas à estrada, o parlamentar, que já foi secretário de infraestrutura do estado, esbravejou na tribuna da Assembleia Legislativa, e ameaçou apresentar requerimento solicitando a abertura de uma CPI para investigar o caso.
O deputado alegou ter as 13 assinaturas necessárias para a instalação imediata da comissão. Na tentativa de intimidar a oposição, ele ameaçou inclusive resgatar o caso Gautama, que resultou na prisão do ex-governador José Reinado Tavares (PSB) em 2008.
Depois do esperneio, Max Barros nunca mais tocou no assunto da CPI. Há quem diga que deputado foi dissuadido da ideia de propor a investigação por medo de atingir em cheio as candidaturas de Luís Fernando Silva e Fernando Fialho, respectivos pré-candidatos de Roseana Sarney para o governo e Câmara Federal, que também já comandaram a Secretaria de Estado de Infraestrutura - Sinfra e liberaram o pagamento da estrada fantasma.
A Coroatá/Vargem grande foi licitada e paga pelo governo Roseana Sarney, contudo foi abandonada pela metade pela construtora responsável por sua execução: a JNS Canaã.
A JNS Canaã foi uma das principais doadoras da campanha de reeleição de Roseana Sarney e se instalou no Maranhão na véspera da celebração de contrato para a construção de parte dos 72 hospitais do Saúde é Vida.
A empreiteira chegou a receber quase R$ 20 milhões do governo do Estado, entretanto não entregou nenhum dos 14 hospitais do lote de sua responsabilidade.
Outro fato que chama atenção é o endereço fantasma da JNS Canaã. No local apresentado na documentação dos contratos como sede da empresa não existe e nem nunca existiu qualquer construtora ou empresa de jardinagem – especialidade apontada na razão social da JNS Canaã.