domingo, 21 de julho de 2013
Rubens Jr e Simplício Auraújo condenam grampo e anunciam que pedirão investigação da PF e MPF
Do Jornal Pequeno
O deputado Simplício Araújo disse ontem ao Jornal Pequeno que vai solicitar ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal que investigue a denúncia de que o governo do Maranhão estaria usando o aparato da Segurança Pública para espionar e grampear mensagens eletrônicas trocadas pelos líderes da oposição com lideranças políticas do interior do Estado.
As suspeitas de interceptações ilegais de correspondências dos líderes oposicionistas foram reforçadas após o blogueiro e editor de política do jornal O Estado do Maranhão, Marcos D’Eça, ter afirmado em seu blog que teve acesso a “extrato de mensagens eletrônicas” trocadas entre lideranças da oposição.
Disse Simplício: “Estou estudando com o advogado Rodrigo Lago a quem vamos encaminhar a representação, mas já decidi que vou levar o caso para a esfera federal. Provavelmente, vamos solicitar que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal apurem a denúncia de que conversas estariam sendo gravadas para serem usadas politicamente contra adversários do governo”.
Para o deputado federal, o Maranhão não pode ser transformado num estado policialesco porque isso tolhe o exercício da democracia. “A população já sabe que existe este tipo de coisa no Maranhão desde que o deputado Raimundo Cutrim foi à tribuna para criticar o secretário de Segurança, Aluísio Mendes, e acusá-lo de montar histórias e fazer grampo ilegal”, observou Simplício Araújo.
O líder da oposição, deputado Rubens Pereira Júnior, lamentou que em pleno estado de direito democrático no Maranhão ainda se utilize práticas do tempo do nazismo.
“Não podemos admitir mais esse tipo de comportamento do grupo que está no poder. A denúncia de grampo ilegal já havia sido confirmada pelo ex-secretário Raimundo Cutrim, mas agora surgiram fatos novos que precisam ser esclarecidos com a máxima urgência”, defendeu Júnior.
O PCdoB, legenda liderada pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, pré-candidato ao governo em 2014 e principal líder da oposição, expediu nota de repúdio contra a utilização de “grampos ilegais que afrontam um dos direitos fundamentais da democracia brasileira, que é o sigilo a correspondência”.