Os dois novos partidos aprovados pela Justiça Eleitoral nasceram com peso relevante para definir a batalha das campanhas presidenciais no rádio e na TV, em 2014. O Solidariedade e o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) somaram, até a manhã de quarta-feira (9), 41 deputados. Juntos, os parlamentares que as siglas conseguiram arregimentar devem render um ativo de quase dois 2 minutos de tempo de propaganda eleitoral para negociação de alianças – o que coloca as siglas como vedetes já assediadas por PT e PSDB para formar coligações. A soma entre as legendas, ainda sujeita a alteração, é de 1 minuto e 51 segundos.
Simplício presidente do Solidariedade passa a ser o mais importante na chapa de Flávio Dino |
A cota do Solidariedade é a maior
entre as novas legendas: pouco mais de 1 minuto. O partido nasceu
independente, segundo o seu principal articulador, o deputado Paulinho da Força,
egresso do PDT. Apesar de ter sido alvo de flerte da situação, o
Solidariedade possui evidentes inclinações a fechar com a oposição à
presidente Dilma Rousseff – sobretudo com o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
como candidato do PSDB. O tempo que o Solidariedade tem a oferecer à
candidatura aecista supera o do mais leal aliado dos tucanos nas últimas
eleições nacionais, o DEM, que deve ficar com 56 segundos. Sozinhos, os
tucanos possuem 1 minuto e 51 segundos.
O rumo do Pros, tudo indica, será o contrário do Solidariedade. O partido recebeu adesões de grupos políticos que sustentam a candidatura de Dilma,
como os irmãos Cid e Ciro Gomes, do Ceará, que abandonaram o PSB e o
projeto de candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos –
agora apoiado pela ex-senadora Marina Silva,
que não conseguiu registrar a Rede Sustentabilidade. O Pros possui mais
exposição no rádio e na TV do que partidos que controlam ministérios no
governo Dilma. A sigla soma 50 segundos ante 42 segundos do PDT
(Ministério do Trabalho) e outros 42 segundos do PCdoB (Ministério dos
Esportes) – tradicional aliado petista.
O Pros desidratou a bancada do PSB,
levando principalmente deputados com base na Região Nordeste, e deixou o
partido de Campos e Marina Silva com somente 1 minuto e 8 segundos de
parcela no horário eleitoral, a menor exposição entre as principais
pré-candidaturas ao Palácio do Planalto.
O PT manteve a liderança do tempo de
TV com folga: quase 3 minutos e 3 segundos. O partido perdeu apenas um
parlamentar, o deputado Domingos Dutra, que pretendia integrar a Rede,
mas terminou no Solidariedade. O PMDB segue de perto o aliado de chapa
presidencial, com 2 minutos e 34 segundos. Juntos os partidos garantem a
Dilma 5 minutos e 37 segundos, até aqui, o maior tempo de propaganda.
PT
|
86
|
03'03''26
|
PMDB
|
71
|
02'34''02
|
PSD
|
49
|
01'51''13
|
PSDB
|
49
|
01'51''13
|
PP
|
40
|
01'33''54
|
PR
|
31
|
01'16''04
|
PSB
|
27
|
01'08''25
|
Solidariedade
|
23
|
01'00''45
|
DEM
|
21
|
00'56''55
|
PTB
|
19
|
00'52''65
|
Pros
|
18
|
00'50''70
|
PDT
|
14
|
00'42''91
|
PCdoB
|
14
|
00'42''91
|
PSC
|
13
|
00'40''96
|
PV
|
11
|
00'37''06
|
PRB
|
8
|
00'31''21
|
PPS
|
6
|
00'27''31
|
PTdoB
|
4
|
00'23''41
|
PSOL
|
3
|
00'21''46
|
Demais
|
6
|
03'58''31
|
TOTAL
|
513
|
25min
|