Por Patricia Vieira.
Patricia Vieira: presidente do PROS Mulher. |
Somos o país do futebol, da alegria, da solidariedade e de um povo pacífico e na sua maioria jovens. E é para esse público que trago a minha torcida e também minha preocupação com a realização da copa do mundo de futebol no Brasil.
Desde que foi escolhido para sediar a copa em 2007 autoridades tem exaltado o potencial do torneio para gerar emprego, acelerar investimentos em infraestrutura e atrair turistas com bolsos recheados de dólares. O evento, até o momento, gerou milhões de empregos e investimentos bilionários dos quais esperamos que a Copa do Mundo deixe um legado importante para economia.
Porém nas últimas semanas alguns analistas tem advertido que o torneio pode decepcionar aqueles que esperam um efeito econômico significativo. Como se não bastasse essas análises e previsões o que vimos são obras inacabadas e superfaturadas, licitações fraudulentas, estádios faraônicos e chamados futuros elefantes brancos, tudo padrão FIFA. A pergunta que não se cala é: "nossa saúde, educação, moradia, segurança, transporte e infraestrutura não poderiam ser padrão FIFA?”
E é dentro desse contexto que vai o meu protesto. Precisamos mudar a forma e prática de fazer política, respeitando os impostos que você paga, aplicando com transparência e de forma correta os recursos, principalmente na área social.
Amanhã, dia 15/05/14, grupos preparam o "Dia Internacional de Lutas contra a Copa do Mundo", que promete ser um dia emblemático na resistência contra o evento. A data foi batizada como o Dia Internacional de lutas contra a Copa do Mundo e contará com atos em 15 cidades no Brasil e em 7 no exterior. Diversas manifestações, protestos e greves. Com isso percebemos que a Copa do Mundo não será recebida com tranquilidade.
A juventude precisa discutir políticas públicas, participar e se fazer representar politicamente, essa é a minha torcida e a nossa vitória.