Marina Silva afirmou nesta segunda-feira (8), em entrevista ao Jornal da Record, que seu governo buscará o apoio dos melhores quadros de todos os partidos. “Nós queremos governar com os melhores do nosso país e fazer um governo para todos”, disse a candidata da Coligação Unidos pelo Brasil.
“Nós vamos fazer uma governabilidade programática e não a governabilidade pragmática, que é feita pelo atual governo, que tem uma maioria artificial”, afirmou. “A cada projeto que o governo manda para o Congresso é um Deus nos acuda e muita gente chantageando o governo para pedir mais um pedaço do Estado para poder votar em projetos importantes. Essa governabilidade não pode continuar porque está sendo feita em prejuízo do Estado e do país”, declarou.
Questionada sobre correções feitas em seu Programa de Governo, afirmou que elas são naturais: “O pior é não assumir quando se comete um erro. É lamentável que exista uma cultura de que o político deve persistir no erro, como fazem aqueles que estão me criticando”.
Marina lembrou que, entre os principais candidatos à Presidência da República, sua candidatura foi a única a apresentar um programa de governo. “O eleitor pode confiar em quem apresenta um plano de governo e não em quem não apresenta e utiliza o plano de governo da nossa aliança para fazer um processo de desqualificação das coisas que ali estão”, afirmou.
“Eu gostaria muito de ver o que a presidente Dilma pensa sobre a educação, que precisa ganhar qualidade. Eu gostaria de verificar como ela vai fazer para reduzir a inflação, para não permitir que o nosso país continue desacreditado, sem investimentos. As pessoas podem, sim, confiar em quem apresenta um plano para governar o Brasil, receber as críticas dos adversários, dos cidadãos, dos empresários, dos trabalhadores, das juventudes. É assim que se deve governar um país”, disse.
A candidata reiterou a expectativa por uma investigação isenta e que esclareça as denúncias de prática de irregularidades na Petrobras. “Esperamos que a Polícia Federal faça seu trabalho com total autonomia. Nós queremos a verdade, doa a quem doer”, enfatizou, rejeitando ilações envolvendo o nome de Eduardo Campos e alertando para os problemas da estatal. “Não podemos aceitar o que vem acontecendo com a Petrobras, uma empresa que perdeu metade de seu valor e tenha um endividamento quatro meses maior que o seu patrimônio”, declarou.