Durante esses três últimos anos nos quais prestei serviço à prefeitura de Coroatá, cheguei a uma conclusão: ou eu sou professor, ou gosto de Murad. As duas coisas não dá pra estabelecer simultaneamente.
Além da baixa valorização salarial ( a nível de país), da escassez de recursos pedagógicos, da indisciplina de muitos alunos e da ausência da família na educação dos filhos, ainda temos contra nós uma administração que insiste em criar mecanismos de retaliação, perseguição e desrespeito a direitos básicos. Essa é a forma "carinhosa" com que o casal Murad trata os professores.
Depois de inúmeras retaliações, o casal, agora, decidiu, por meio de um projeto de lei aprovado pelos seus súditos, os vereadores situacionistas, ampliar a carga horária dos professores concursados, prevista no edital, de 25 para 30 horas, estabelecendo um acréscimo salarial que, se bem analisado, não compensa. Na prática, tal medida extingue o horário pedagógico, destinado ao planejamento das ações
didáticas.
Se Murad tivesse respeitado o direito de os professores, pelo menos, opinarem, teria uma resposta sensata: eles, certamente, achariam melhor que a ampliação fosse opcional, para que cada professor pudesse decidir o que seria melhor pra sí. Mas Murad é unilateral, visualiza a administração sob uma perspectiva privada e não pública.
Por fim, enquanto governa o município de forma provinciana, nas redes sociais, Murad paga de bom moço, de homem honesto, democrático e sensível às causas do funcionalismo público. Pena que esse discurso falso não resiste à prática e "escorrega" facilmente pelo "esgoto" de tiranias criadas por ele!.
Elielton é professor concursado da prefeitura municipal de Coroatá.
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