A atual necessidade de alinhamento para a garantia de vacinas e imunização em massa no Brasil, o importante papel dos secretários de Desenvolvimento, Industria, Comércio e Energia perante a crise do Covid-19 e a ausência de um plano real e exequível por parte do âmbito federal sendo colocado em prática no atual momento. Estas foram algumas das pautas debatidas pelo Conselho Nacional de Secretários de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Consedic) durante reunião na tarde desta quinta-feira (7).
O secretário de Indústria, Comércio e Energia do Maranhão (Seinc) e presidente da Consedic, Simplício Araújo, comentou, em nota oficial, sobre o cenário de evolução no contágio e o número de mortes pela Covid-19, além da necessidade de ações concretas para combater tanto a crise sanitária quanto a crise econômica vivida no país.
“Com a chegada da segunda onda, torna-se necessária a implementação de novas restrições à mobilidade, impactando diretamente na atividade econômica e no desemprego. Portanto, torna-se ainda mais imperioso que concentremos esforços na execução de um plano de vacinação em massa para o país, o que não pode ser mais postergado”, disse o secretário.
Para Simplício Araújo, é de suma importância que haja um esforço adicional para a implementação do plano de vacinação, sob pena de expor o país e sua população a danos irrecuperáveis.
“(…) é necessária a união de esforços e o empenho do governo para a definição o mais breve possível com relação a compra das vacinas disponíveis bem como dos insumos necessários para a realização da vacinação; ou que seja delegado para os estados tal decisão”, reforçou.
“Com união e muito trabalho, conseguiremos, juntos, vencer as dificuldades impostas pela pandemia, e sairemos dela fortalecidos, com novas experiências e novos horizontes”, finaliza o secretário.
Veja, na íntegra, a nota da Consedic sobre a necessidade de vacinação:
Com muita tristeza para o Brasil, atingimos a marca de 200 mil vidas ceifadas pela Covid-19. Também alcançamos mais 3 milhões de desempregados e outros milhões de postos de trabalhos informais destroçados no período da pandemia. Os esforços feitos até agora nas áreas de saúde e economia mitigaram efeitos deletérios da primeira onda da Covid-19 no Brasil, mas a saída definitiva desta crise sem precedentes se dará somente com o acesso à vacina em todo o país.
O gasto da União para proteger a camada da população mais vulnerável foi de cerca de R$ 330 bilhões, e ainda é essencial para a parte da população, enquanto as estimativas para uma vacinação em massa são em torno de R$ 20 bilhões. Assim, vendo apenas pela ótica econômica, podemos afirmar que vacinar a população tem um custo inferior ao de criar pacotes de auxílio à população vulnerável.
A falta de clareza quanto ao início da vacinação tende a elevar os custos da União e dos estados, além das externalidades negativas advindas desse contexto. Soma-se a isso a insegurança com relação à retomada das atividades econômicas e cotidianas, generalizada em todo o país.
O cenário de evolução no contágio e no número de mortes pela Covid-19 agrava substancialmente os riscos para a economia brasileira já nos próximos meses. Com a chegada da segunda onda, pode ser necessária a implementação de novas restrições à mobilidade, impactando diretamente na atividade econômica e no desemprego.
Portanto, torna-se ainda mais imperioso que concentremos esforços na execução de um plano de vacinação em massa para o país, o que não pode ser mais postergado.
Hoje, também foi um dia de esperança com a confirmação da eficácia de uma vacina de um Instituto nacional e de referência internacional que já se encontra em território brasileiro e que é a única disponível, neste momento, em quantidade expressiva para início do Plano de Imunização Nacional e controle efetivo da pandemia.
Considerando também o prazo prolongado para a realização da vacinação da população num país com dimensões continentais significantes e mais de 200 milhões de habitantes, é necessário um esforço adicional para a execução do plano de vacinação, sob pena de expor o país e sua população a perdas de vidas e danos irrecuperáveis.
Assim, são necessários a união de esforços e o empenho do governo federal para a definição o mais breve possível com relação a realização de compras das vacinas disponíveis, bem como dos insumos necessários para a realização da vacinação; ou que seja delegado para os estados tal decisão.
Com união e muito trabalho conseguiremos, juntos, vencer as dificuldades impostas pela pandemia, e sairemos dela fortalecidos, com novas experiências e novos horizontes. Somente com a garantia de que a pandemia tenha chegado ao fim poderemos retomar os esforços para uma retomada econômica acelerada que deva garantir um modelo mais equânime de criação de oportunidades de emprego e renda para a população.
Simplício Araújo
Presidente do Consedic
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