Marilena Vieira Leite, presidente da APAC de Coroatá, falou pela primeira vez sobre o acidente que aconteceu na última quinta feira (02/05), no km09, próximo ao Povoado Flor do Dia. Ela conduzia o carro que acabou batendo de frente com uma moto. O condutor da moto teve a perna amputada devido a gravidade do acidente.Na entrevista, concedida ao Programa do Pacheco, Marilena deu a sua versão sobre o acidente e explicou detalhes antes, durante e depois do ocorrido.
“Eu tava indo a uma viagem a Buriticupu, todos de Coroatá me conhecem, sabem da minha conduta, da minha luta. Logo depois da Flor do Dia, começou a chover e no início do km10 eu fui surpreendida com uma moto que eu vi que pegou a contramão. Ai eu tentei evitar o choque, mas não consegui evitar por completo, porque o canto do carro pegou e eu só ouvi um baque grande. Depois, fiquei pensando, meu Deus morreu alguém, não pode ser. Quando eu saí, vi o rapaz caído encima do capim. O que mais me doeu foi olhar aquela pessoa assim daquela forma. Eu que nunca machuquei alguém. Mais de 22 anos que sou habilitada e ando por esse Brasil a fora e nunca me envolvi em acidente. E me doeu muito ver ele ai. Ele me perguntou onde tava. Daí eu disse: moço na contramão? Então ele disse: mais eu fui sair de uma poça d’água. Foi quando eu vi o porquê ele pegou a contramão. Porque tinha uma poça d’água no começo da ladeira. Ele chegou a dizer: eu sei que fui errado. Eu insisti em dize: não fala nada agora não porque agora agente ta discutindo sua saúde”, esclareceu a presidente da APAC.
Questionada sobre se prestou socorro à vítima, Marilena disse que sim. Que jamais deixaria aquela pessoa jogada sem ajuda.
“Eu prestei socorro. Pedi para um homem chamar o SAUMU. Depois chegou outro homem que eu nem sabia quem era e pedi pra ele me levar no SAMU para buscar ajuda. Fui até lá. Quando cheguei, eles ainda não tinham saído eu disse: moço pelo amor de Deus vamos logo, é grave. O rapaz quebrou a perna, o braço”, disse.Marilena Vieira falou ainda sobre como está se sentido agora e explicou que gostaria de falar com a família do jovem, assim como o mesmo.
“Me sinto muito mal. Sinceramente, fico com aquela angustia, como se fosse meu filho. Nunca matei alguém. Eu quero ver ele outra vez e quero que a família dele saiba que não sou irresponsável, eu não bebo, não sou de farra, nunca atropelei ninguém. Infelizmente aconteceu esse acidente que não foi minha culpa. Quero dizer também que estou à disposição da família para ajudar no que precisar”, concluiu.
O jovem, Francisco Amorim Costa, de 26 anos de idade, segue internado no Hospital Macrorregional de Coroatá. Ele teve a perna esquerda amputada e ainda corre risco de ter um dos braços amputado. Já informamos aqui que os médicos estão em alerta sobre a saúde do jovem, uma vez que ele tem ferimentos internos que podem comprometer alguns órgãos como o rim.
A família de Francisco Amorim disse que vai se pronunciar sobre o caso e explicará a versão do filho.
