Do Atual7
Com base em denúncias publicadas pelo Atual7, o vice-líder da Minoria na Câmara, deputado federal Simplício Araújo (PPS/MA), relatou, nessa quarta-feira (14), à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, o uso da máquina administrativa a favor do secretário de Infraestrutura do Maranhão e pré-candidato oficial do Palácio dos Leões, às eleições de 2014, Luís Fernando Silva, em caso semelhante ao que pede a cassação de Roseana Sarney.
Durante uma reunião com a ministra, Simplício Araújo informou que, mesmo sob ameaça de ser cassada por abuso de poder político e econômico no pleito de 2010, a governadora sub judice continua atropelando a legislação eleitoral, para que o ex-prefeito de São José de Ribamar se torne pelo menos conhecido nos municípios do Estado.
‘As irregularidades vão desde uso indevido de helicópteros, até a assinatura de convênios fraudulentos com as prefeituras como forma de cooptar aliados políticos’, explicou Simplício.
No dia 22 de julho, o Atual7 revelou que o ex-prefeito de São José de Ribamar aproveitou o embalo, após receber um título de cidadão maranhense que não era pra ele, e esteve no município de Santa Rita, acompanhado do deputado estadual César Pires (DEM), a pedido de seu antigo aliado, o secretario-adjunto da Casa Civil do Estado, Antônio José Muniz, o Dr. Muniz.
Na última terça-feira (13), o Atual7 trouxe nova relevação sobre os comes e bebes em Santa Rita: o encontro serviu exclusivamente para tratar de um convênio, na ordem de R$ 3,5 milhões, em troca de apoio à candidatura de Luis Fernando Silva.
Obtido com exclusividade pela reportagem, o áudio da conversa mostra que o pré-candidato da governadora sub judice – juntamente com o líder do governo da Assembleia Legislativa do Maranhão e o adjunto da Casa Civil, ‘facilitariam’ um adiantamento dos recursos públicos por meio de uma ‘exigência do Estado’. Toda a conversa foi exposta à presidente do TSE pelo deputado federal maranhense.
Simplício Araújo pediu ainda à Carmem Lúcia pressa no julgamento da representação do Ministério Público Eleitoral, em que pede a cassação de Roseana Sarney.
Nesta semana, o ministro Henrique Neves foi nomeado relator do processo no lugar de Luciana Lóssio, que, por ter sido advogada da governadora do Maranhão no julgamento que terminou com a queda do ex-governador Jackson Lago, se declarou impedida de emitir parecer sobre a questão.
Ouça parte da conversa sobre o uso de assinatura de convênios para garantir apoio político ao pré-candidato dos Leões em 2014: