"Venho a público expor a todos o tratamento dispensado pela a atual gestão aos educadores da rede municipal de ensino coroataense.
Como primeiro ponto devo mencionar o golpe impingido pela prefeita Teresa Murad, ainda no início do ano, quando violentou o nosso Plano de Cargos e Carreiras encaminhando a Câmara Municipal uma proposta revogou as conquistas, sob a alegação de que a aprovação da lei durante a administração do ex-prefeito Luís da Amovelar (PT) fora aprovada com intenções eleitoreiras. E, claro, o projeto da atual administração que revogou as determinações aprovadas no ano anterior foi facilmente aprovado pelos parlamentares aliados e comemorado como uma grande ação do governo.
O novo Plano, aprovado às pressas e as escuras em uma Sessão Extraordinária (realizada antes mesmo do início dos trabalhos legislativos,) representa para a nossa categoria um gigantesco retrocesso, pois para a sua elaboração utilizaram-se de um texto datado de abril de 1998, modificando apenas os valores salariais. Quanto retrocesso! Quanta covardia!
O serviço público não tem sentido, a nós professores concursados, sem um Plano de Cargos e Carreiras decente.
Aos mandatários deste município, a prefeita Teresa e seu esposo Ricardo Murad, quero em nome de todos os colegas uma simples pergunta:
- Qual o sentimento se uma das suas filhas, ou qualquer outra pessoa que goste muito, após ser aprovado em um concurso público fosse tratado de igual forma que estamos sendo tratados em Coroatá?
Aos parlamentares que integram o bloco governistas quero me dirigir e pedir-lhes que adquiram autonomia política quando tiver em jogo os interesses da população que os elegeram. Senhores parlamentares sejam humanos e não desprezem o povo. Estamos sendo humilhados por esta administração que já nos chamou até de oportunistas.
Por fim, não podemos esquecer que não fomos contemplados com nenhum abono salarial e nos fizeram cumprir contra turno em completa desobediência a Lei do piso, no que tange a jornada de trabalho. E querem que fiquemos calados esperando dezembro para que Papai Noel nos entregue presentes de fim de ano? Não senhores, queremos um plano de cargos e carreiras condizentes com os dias atuais, não um que foi escrito no século passado."