Diante da aproximação da eleição da mesa diretora da Câmara Municipal, a política de Coroatá começa a se movimentar nos bastidores. Regimentalmente a eleição deveria acontecer no fim de 2018, mas, mantendo a tradição, deve ser antecipada para o dia 10 de maio.
Com 8 vereadores, a bancada de oposição deverá mais uma vez eleger o presidente, já que a bancada do prefeito Luís da Amovelar só possui 7 vereadores. O atual presidente, Josean Veras, não concorrerá à reeleição por impedimento do Regimento Interno. Em 2016 ele foi alterado para evitar sucessivas reconduções.
Veterano, César Trovão (cunhado de Ricardo Murad) que já presidiu a Câmara por 4 vezes, também não será candidato, explica-se: há um mês ele se indispôs politicamente com o atual presidente durante uma entrevista a uma rádio local. César detonou com o colega por discordar da condução do legislativo. Como consequência, sem o voto de Josean não consegue se eleger. Os vereadores Marcos da Conceição e Zé Branco não tem interesse em disputar diante da complexidade administrativa e dedicação que o cargo exige. Ambos atuam politicamente na zona rural.
Os vereadores Wllisses Muniz e Leon Camilo não tem disponibilidade. Wlisses é servidor do Banco da Amazônia em expediente integral e Camilo mora em São Luís, onde faz faculdade. O vereador Reginaldo Cordeiro, por ser vereador de primeiro mandato e não ter experiência no legislativo, também não é uma opção. Em março ele se envolveu em uma grande polêmica ao ingressar com uma Ação no Ministério Público exigindo a exoneração de todos os servidores contratados da Prefeitura de Coroatá. Além disso, ele acumula o cargo de vereador com o de Presidente do Sindicato dos Professores do Município. Professor concursado, a Prefeitura o acusa de nunca ter lecionado um dia sequer durante o estágio probatório, o que fez a administração abrir um processo para exonerá-lo da função e requerer os pagamentos de salários recebidos indevidamente.
Diante da impossibilidade dos demais, os caminhos levam então para Junior Buhatem a missão de presidir a Câmara. Líder da bancada de oposição e no seu segundo mandato de vereador, ele surge como alternativa para a permanência da oposição no comando legislativo. Jovem e com o preparo que a função exige, conta em seu favor a fidelidade política e dedicação de toda uma vida ao grupo Murad.
Qualquer saída que não seja essa colocará em xeque o grupo Murad e levará o legislativo para o centro de uma crise desnecessária, inclusive com a possibilidade de perder o controle da Câmara (para o grupo Amovelar), fundamental para a correlação de forças com a Prefeitura.
É aguardar pra conferir…
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