As eleições de 2018 no Maranhão deixaram bem claro que o eleitorado não tolera políticos oportunistas, que mudam de lado de acordo com as conveniências. Pior ainda se eles trairem o grupo do qual faziam parte. Os casos mais emblemáticos são os dos tucanos Roberto Rocha, Zé Reinaldo e Waldir Maranhão.
Eleito senador debaixo do sovaco de Flávio Dino em 2014 com cerca de 1,5 milhão de votos, Roberto Rocha – o autointitulado Asa de Avião que virou Asa de Muriçoca – ganhou a pecha de traidor do povo do Maranhão depois de romper com o governador. Concorrendo ao cargo de governador, ele teve pífios 64 mil votos, ou seja, 2% do total do eleitorado.
Zé Reinaldo é outro nome que se elegeu em 2014 escorado na popularidade de Flávio Dino. Postulante a uma das vagas ao Senado em 2018, ele esperava ser ungido pelo governador sem sequer conversar com lideranças para angariar apoios. Impaciente com a definição ou não do seu nome, ele decidiu romper com o grupo de Dino e se lançar candidato ao Senado pelo PSDB. Resultado: uma vergonhosa sexta colocação, atrás até do seu companheiro de chapa Alexandre Almeida. Vexame para um ex-governador.
Já o deputado federal Waldir Maranhão tentava a reeleição agora no PSDB. Ex-mandatário do PP no estado, ele foi um dos destaques nacionais ao tentar barrar o golpe contra Dilma Rousseff quando era presidente da Câmara, e viu seu nome explodir em popularidade. Próximo de Flávio Dino até este ano, ele também queria uma vaga no Senado apoiado pelo governador, mas não conseguiu viabilizar sequer um partido para si. Chateado, ele traiu o grupo governista e debandou para o ninho tucano. O resultado foi uma votação fraca e e a sua não reeleição.
O caso desses três tucanos demonstra que os maranhenses estão vigilantes e abominam a traição na política.
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